Algumas pessoas, desconhecendo a realidade econômica por não estudarem a economia profundamente, propagam que os brasileiros são os que mais pagam tributos no mundo. Erro crasso. Nossa estrutura tributaria é regressiva impondo aos mais pobres uma carga elevada e aos ricos uma carga mínima. Muitos falam em reforma tributária, mas os ricos não querem mudar essa realidade. Por que iriam querer? Afinal ninguém gosta de pagar tributos. Na tabela acima, de 2004, ano recessivo em que a carga tributaria média foi a mais elevada do governo Lula, encontramos alguns percentuais produzidos e divulgados pela UNAFISCO. Essa instituição deveria ter ampliado ainda mais. Além disso, atente para o fato que é os tributos das famílias e não das empresas. A tributação entre as empresas é mais regressivas ainda. Os Bancos quase não são tributados. Vamos pensar, estudar, pensar novamente e depois discutir e divulgar.
domingo, 30 de junho de 2013
sábado, 22 de junho de 2013
domingo, 21 de outubro de 2012
Para pensar a educação universitária.
Leiam o texto abaixo, retirado do site da uol, no link http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/10/18/alunos-sul-coreanos-estudam-mais-de-14-horas-por-dia-leia-relato-de-professor.htm.
O texto abaixo nos permite uma reflexão em nossas salas de aula, na UFRN e demais universidades e faculdades brasileiras, privadas e publicas. Que tipo de profissionais nós temos e teremos no futuro? Qual nossa capacidade de concorrência se considerarmos a crise européia e a possibilidade de migração de mão de obra especializada? São tantas questões. Pensemos, se não for muito complicado e cansativo, as nossas políticas assistencialistas educacionais e a realidade mundial.
Boa leitura.
"Yeolsimhi haeyo", dizem os coreanos. Trabalho duro. A frase é dita sem parar e serve tanto de lema quanto para lembrar que ninguém gosta de quem resmunga. E não importa o quão duro um aluno esteja estudando, ele sempre pode estudar mais –pelo menos essa é a teoria.
Afinal, a própria nação foi construída após décadas de colonização japonesa e da guerra coreana por meio de trabalho duro. A Coreia do Sul tornou-se modelo de crescimento econômico e sediou os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, um feito batizado de “milagre do rio Han”.
Toda manhã, por bem mais de 200 dias por ano, os alunos chegavam à escola de elite sul-coreana onde eu ensinava inglês às 7h40. Os professores e tutores estudantis os esperavam na entrada, para verificar seus cabelos (comprimento e estilo – permanente e tintura eram proibidos) e uniforme (camisetas para dentro, saia na altura do joelho e sapatos formais).
Depois, eles subiam as escadas para suas salas, onde esfregavam o chão, escovavam as mesas, limpavam as janelas e jogavam o lixo fora. A jornada acadêmica começava às 8h, tinha intervalos de 10 minutos, uma pausa para o almoço de 50 minutos e uma hora para o jantar às 17h.
Às 18h, quando eu costumava desligar meu computador, os alunos estavam se acomodando em suas cadeiras para outras quatro horas de estudo, durante as quais eram monitorados pelos professores para garantir que não se entregassem ao sono, às conversas ou a qualquer outra coisa que não fosse o estudo. Às 22h20, as salas se esvaziavam. Liberados, os jovens se dirigiam para os ônibus que estavam esperando para levarem-nos para casa (poucos moravam perto). A maior parte dos alunos só ia para a cama depois da meia noite. Há um ditado que recomenda que o estudante tenha apenas quatro horas de sono por dia se quiser entrar em uma das principais universidades.
Durante os anos que eu ensinei nesta escola de ensino médio, fiquei ao mesmo tempo maravilhado e horrorizado com o que a escola, os pais e o país esperavam de seus alunos –e como estes tentavam cumprir essas expectativas. Algumas vezes, quando eu saía tarde da escola –por volta de 20h ou 21h– eu olhava para as salas e via os alunos ocupados fazendo dever ou consultando livros. Alguns ficavam em pé no fundo da sala para afastar o sono, todos aparentemente determinados em cumprir as expectativas colocadas sobre eles. Mas e seus tempos de juventude? –eu me perguntava, algumas vezes, ao descer o morro com as luzes da escola atrás de mim.
Ao retornar aos EUA, um antigo professor me deu uma oportunidade de falar aos seus calouros de filosofia sobre meus anos na Ásia. Excitado, eu redigi uma apresentação pensando nas minhas aulas na Coreia, onde os alunos absorviam o material, algumas vezes silenciosos demais.
Diante de uma classe de 20 calouros universitários, a primeira coisa que eu observei foram os aparelhos eletrônicos em quase todas as carteiras: celulares, laptops, iPads. Mal eu tinha começado, vi um garoto mexendo em seu telefone por baixo da carteira, outro digitando em seu computador e um terceiro digitando no telefone à vista de todos. “Vocês poderiam parar?”, perguntei. Com um olhar incomodado, eles retornaram sua atenção à discussão, mas não por muito tempo –alguns minutos depois, já estavam distraídos novamente. As classes subsequentes foram similares.
Mais tarde, no escritório do professor, eu perguntei sobre o comportamento geral dos alunos, e mencionei os coreanos.
“Quando eu me aposentar, vou escrever um livro sobre o colapso da universidade americana”, ele me disse. “Há pouca sede de aprendizado, de trabalhar duro”.
“E os aparelhos eletrônicos?”, perguntei.
“Estão em toda parte”, respondeu, “mesmo quando são proibidos, os jovens acabam usando”.
Uma avaliação desesperadora, com certeza, mas o professor, que vem ensinando há 30 anos, chegou a dizer que eu estava ali para cinco alunos, mais ou menos. Esses –os que fazem perguntas, expressam interesse- vão realizar grandes coisas, porque eles “se levam a sério, e também levam o professor a sério”, disse.
Terminei minha apresentação, atravessei em silêncio o campus de New England, respirando o ar fresco do outono, pensando que, do outro lado do oceano, seria por volta de 9h da manhã, os alunos estariam sentados em suas carteiras ouvindo atentamente, trabalhando duro e, provavelmente, levando as coisas um pouco mais a sério do que muitos jovens nos EUA, para o bem ou para o mal.
(John M. Rodgers é professor adjunto na Universidade Estadual de Plymouth em New Hampshire, editor do “The Three Wise Monkeys” e do “Groove Korea”.)
Tradutor: Deborah Weinberg
O texto abaixo nos permite uma reflexão em nossas salas de aula, na UFRN e demais universidades e faculdades brasileiras, privadas e publicas. Que tipo de profissionais nós temos e teremos no futuro? Qual nossa capacidade de concorrência se considerarmos a crise européia e a possibilidade de migração de mão de obra especializada? São tantas questões. Pensemos, se não for muito complicado e cansativo, as nossas políticas assistencialistas educacionais e a realidade mundial.
Boa leitura.
Alunos sul-coreanos estudam mais de 14 horas por dia; leia relato de professor
"Yeolsimhi haeyo", dizem os coreanos. Trabalho duro. A frase é dita sem parar e serve tanto de lema quanto para lembrar que ninguém gosta de quem resmunga. E não importa o quão duro um aluno esteja estudando, ele sempre pode estudar mais –pelo menos essa é a teoria.
Afinal, a própria nação foi construída após décadas de colonização japonesa e da guerra coreana por meio de trabalho duro. A Coreia do Sul tornou-se modelo de crescimento econômico e sediou os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, um feito batizado de “milagre do rio Han”.
Toda manhã, por bem mais de 200 dias por ano, os alunos chegavam à escola de elite sul-coreana onde eu ensinava inglês às 7h40. Os professores e tutores estudantis os esperavam na entrada, para verificar seus cabelos (comprimento e estilo – permanente e tintura eram proibidos) e uniforme (camisetas para dentro, saia na altura do joelho e sapatos formais).
Depois, eles subiam as escadas para suas salas, onde esfregavam o chão, escovavam as mesas, limpavam as janelas e jogavam o lixo fora. A jornada acadêmica começava às 8h, tinha intervalos de 10 minutos, uma pausa para o almoço de 50 minutos e uma hora para o jantar às 17h.
Às 18h, quando eu costumava desligar meu computador, os alunos estavam se acomodando em suas cadeiras para outras quatro horas de estudo, durante as quais eram monitorados pelos professores para garantir que não se entregassem ao sono, às conversas ou a qualquer outra coisa que não fosse o estudo. Às 22h20, as salas se esvaziavam. Liberados, os jovens se dirigiam para os ônibus que estavam esperando para levarem-nos para casa (poucos moravam perto). A maior parte dos alunos só ia para a cama depois da meia noite. Há um ditado que recomenda que o estudante tenha apenas quatro horas de sono por dia se quiser entrar em uma das principais universidades.
Durante os anos que eu ensinei nesta escola de ensino médio, fiquei ao mesmo tempo maravilhado e horrorizado com o que a escola, os pais e o país esperavam de seus alunos –e como estes tentavam cumprir essas expectativas. Algumas vezes, quando eu saía tarde da escola –por volta de 20h ou 21h– eu olhava para as salas e via os alunos ocupados fazendo dever ou consultando livros. Alguns ficavam em pé no fundo da sala para afastar o sono, todos aparentemente determinados em cumprir as expectativas colocadas sobre eles. Mas e seus tempos de juventude? –eu me perguntava, algumas vezes, ao descer o morro com as luzes da escola atrás de mim.
Ao retornar aos EUA, um antigo professor me deu uma oportunidade de falar aos seus calouros de filosofia sobre meus anos na Ásia. Excitado, eu redigi uma apresentação pensando nas minhas aulas na Coreia, onde os alunos absorviam o material, algumas vezes silenciosos demais.
Diante de uma classe de 20 calouros universitários, a primeira coisa que eu observei foram os aparelhos eletrônicos em quase todas as carteiras: celulares, laptops, iPads. Mal eu tinha começado, vi um garoto mexendo em seu telefone por baixo da carteira, outro digitando em seu computador e um terceiro digitando no telefone à vista de todos. “Vocês poderiam parar?”, perguntei. Com um olhar incomodado, eles retornaram sua atenção à discussão, mas não por muito tempo –alguns minutos depois, já estavam distraídos novamente. As classes subsequentes foram similares.
Mais tarde, no escritório do professor, eu perguntei sobre o comportamento geral dos alunos, e mencionei os coreanos.
“Quando eu me aposentar, vou escrever um livro sobre o colapso da universidade americana”, ele me disse. “Há pouca sede de aprendizado, de trabalhar duro”.
“E os aparelhos eletrônicos?”, perguntei.
“Estão em toda parte”, respondeu, “mesmo quando são proibidos, os jovens acabam usando”.
Uma avaliação desesperadora, com certeza, mas o professor, que vem ensinando há 30 anos, chegou a dizer que eu estava ali para cinco alunos, mais ou menos. Esses –os que fazem perguntas, expressam interesse- vão realizar grandes coisas, porque eles “se levam a sério, e também levam o professor a sério”, disse.
Terminei minha apresentação, atravessei em silêncio o campus de New England, respirando o ar fresco do outono, pensando que, do outro lado do oceano, seria por volta de 9h da manhã, os alunos estariam sentados em suas carteiras ouvindo atentamente, trabalhando duro e, provavelmente, levando as coisas um pouco mais a sério do que muitos jovens nos EUA, para o bem ou para o mal.
(John M. Rodgers é professor adjunto na Universidade Estadual de Plymouth em New Hampshire, editor do “The Three Wise Monkeys” e do “Groove Korea”.)
Tradutor: Deborah Weinberg
quinta-feira, 26 de julho de 2012
A grande piada
Hoje o UOL economia divulga:
Lucro do Santander cai pela metade no mundo; analistas culpam Brasil
Além disso, informa: "Analistas esperavam que o lucro no Brasil pudesse ser maior e ajudar a matriz que sofre com o agravamento da crise na Europa. O lucro líquido do Santander Brasil (SANB11) foi de R$ 1,464 bilhão no 2º trimestre, queda de 5,48% na comparação com o mesmo período do ano anterior."
Completa a reportagem com a pérola.
" 'O Brasil foi a grande decepção', disse Jaime Beceriil, do JP Morgan à Reuters"
Cobrando os juros que cobram, levaram um "dinheirão" dos brasileiros e ainda acham ruim?!!
Se o Brasil foi uma decepção, deveriam se retirar do País. Afinal, exploradores do povo brasileiro não faltam nesse país de "Quebral". kkk
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